Anjos de viagem

Há pessoas que acreditam em anjos, sabem até o nome de seu anjo da guarda e continuam rezando o “Santo anjo do Senhor/ meu zeloso protetor”, aprendido na infância. Anjos do bem ou do mal, como Lúcifer, existem mesmo entre os humanos. Disso tenho a certeza. Em viagens, então, tenho gratas recordações de anjos que se materializaram em seres humanos, na hora certa. Tinha um amigo, o poeta Roberto Almada que, ao fazer sua primeira viagem para a Europa com a esposa, a querida amiga Vilma Almada, essa teve um infarto e morreu na piscina do hotel em que estavam, em Palma de Mallorca. Contou-me ele, mais tarde, que, diante dessa fatalidade, ficou sem saber o que fazer, completamente só, em terras estranhas, sem a menor condição de tomar qualquer providência com relação ao corpo, embalsamento, papelada e traslado ao Brasil. Inexplicavelmente, surgiu uma mulher desconhecida que se ofereceu para ajudá-lo e tomou todas as providências burocráticas e necessárias, sem lhe cobrar nada por isso. Após tudo resolvido, desapareceu da mesma forma como surgira, sem deixar nenhum contato. Mais tarde, meu amigo tentou localizá-la na Espanha, sem sucesso. Ele, agnóstico de natureza, disse-me que, a partir desse fato, passou a acreditar em anjos.

Comigo aconteceu ter recebido ajuda de pessoas desprendidas, mas nada tão extraordinário como o acontecido com o Roberto Almada. Certa vez, estava excursionando pelo Oriente e, em Hong Kong, resolvi ir até Macau, a pouco mais de uma hora de barco. O único tempo que tinha para isso era à noite, pois, no outro dia, continuaríamos a viagem. Havia barcos que levavam pessoas para jogar nos cassinos de Macau, que, na época, ainda pertencia a Portugal; saíam à noite e voltavam pela manhã. Fui, acompanhado de alguns colegas que ousaram fazer essa aventura. Ao chegarmos a Macau, somente os guardas da fronteira falavam português; o resto era tudo chinês. Sem saber o que fazer, entramos no primeiro ônibus que passou e, em alta voz, perguntei se alguém ali falava português. Levantou-se um senhor, sexagenário, que se apresentou como Fernando, era português, casado com uma chinesa e morava ali. Pedi-lhe se poderia nos auxiliar naquela noite e ele, prontamente, nos atendeu, passando toda a noite conosco. Levou-nos a caminhar pela cidade, a conhecer as ruínas da igreja de S. Francisco Xavier, símbolo da colonização portuguesa, e nos encomendou um bacalhau a um seu amigo, dono de restaurante. Na hora de pagar a conta, não aceitou nosso dinheiro e nos disse que pagaríamos a ele quando viesse ao Brasil, o que nunca fez. Depois, nos levou ao porto, deixou-nos já perto da hora em que saía a primeira barca para Hong-Kong e ainda me deu uma nota de dez patacas, que guardo de lembrança até hoje.

Outra vez, eu e um amigo fizemos uma viagem de trem pela Europa, incluindo alguns países do leste europeu, recém saídos do comunismo. Chegamos à Hungria e decidimos ir à Croácia, que estava em guerra de libertação contra a Iugoslávia, dominada pelos sérvios. Em Budapest, conhecemos, no albergue em que estávamos, dois jornalistas brasileiros, que nos auxiliaram a tirar o visto para Croácia, também como jornalistas, já que não havia visto de turista. Esperávamos encontrá-los em Zagreb, mas nunca mais os vimos. Chegamos a Zagreb num trem cheio de soldados e de viúvas de guerra. Éramos os únicos estrangeiros ali. Na estação de Zagreb, tudo estava deserto, era domingo e não havia nenhum balcão de informação ou casa de câmbio para trocarmos dinheiro. O único endereço que tínhamos lá era Celska, 36, de um antigo correspondente do meu amigo. Resolvemos procurar o tal endereço e quando o localizamos era o de uma igreja católica. O correspondente do meu amigo era o Milan, sacristão da tal igreja e, surpreso com nossa chegada, convidou-nos para assistir à missa que seria celebrada, a poucos instantes, pelos jovens mortos na tomada de Dubrovnik. Foi horrível. Pais e mães dos jovens assassinados, também jovens, choravam por seus filhos, lamentando-lhes a morte tão precoce, vitimados por uma guerra fratricida e cruel. Após a missa, Milan nos apresentou ao padre da igreja, a jovens bósnios refugiados ali e nos levou ao melhor hotel da cidade em funcionamento porque hospedava os soldados da ONU, os capacetes azuis. Pagou a diária antecipadamente. À noite, nos levou a conhecer a  vida noturna da cidade, seus bares subterrâneos, toda uma vida que proliferava silenciosamente, mesmo num país em guerra. Mais tarde, atravessou a montanha conosco, levando-nos a comer truta, num restaurante de um amigo dele, já nos Alpes da Eslovênia. No outro dia, levou-nos a conhecer sua irmã, em Ptuj, na Eslovênia, onde passamos o dia e almoçamos. Não nos deixou pegar o trem em Zagreb, só em Ljubliana, capital da Eslovênia, que era seu país natal, e ainda nos comprou um lanche para a viagem até a Itália. Não nos deixou gastar um tostão e nos disse que faríamos o mesmo por ele quando viesse ao Brasil. Também nunca mais o vimos.

Por último, mais um caso de anjo salvador. Estávamos no aeroporto de Amsterdã, recém chegados de um cruzeiro no Mar do Norte. Tínhamos o dia livre e resolvemos pegar o trem e passarmos o dia na cidade, pois o voo para o Brasil era noturno. Deixamos a bagagem no aeroporto e fomos. Passamos um dia maravilhoso, visitamos o museu erótico, o mercado de flores, galeria de arte e almoçamos. Quando chegamos ao aeroporto, faltava pouco mais de uma hora para o voo, o que achávamos tempo suficiente, mas não era, pois o aeroporto é enorme e tudo muito longe. Tivemos dificuldade até para localizar onde tínhamos deixado a bagagem. Quando olhamos no relógio, faltava menos de uma hora para nosso voo e não tínhamos feito ainda nem o check in. E não sabíamos nem localizar o balcão de embarque da companhia aérea. Como não visse balcão de informação, perguntei a um atendente da Swiss Air, que nos atendeu em castiço português. Disse-nos que não conseguiríamos chegar a tempo, se não nos ajudasse. Então, deixou o seu posto e levou-nos até o local exato, depois de subirmos e descermos inúmeras escadarias. Chegamos na hora exata, poucos minutos antes de encerrarem o embarque e nem tivemos tempo de agradecer-lhe direito, pois ainda tínhamos de correr para alcançar o portão de embarque. Nem mesmo o nome de nosso anjo da guarda pudemos reter, mas rezamos por ele por nos ter auxiliado naquela hora de aperto, sem qualquer interesse a não ser o de ajudar. Há ou não anjos de viagem?

Anguilla e Saint-Barthèlemy, do Caribe!

Anguilla é uma pequena, serena, isolada e especial ilha do Caribe. Está a 8 km de St. Maarten  e tem somente 25 km de comprimento, com um território de 87 km².Por seu formato alongado, foi batizada, segundo consta, por Colombo, pois Anguilla significa enguia, em espanhol. Chove muito pouco na ilha, o solo é improdutivo, com árvores baixas e vegetação escassa, mas as praias de areia branca em volta da ilha são magníficas. Isso faz com que Anguilla seja um pequeno paraíso para os turistas endinheirados que podem passar temporada nos hotéis de luxo e resorts da ilha. Desde 1980, Anguilla é uma possessão inglesa com governo próprio. É um destino exclusivíssimo e seu desenvolvimento é controlado para que se mantenha com suas belezas naturais intocadas. Sua população gira em torno de vinte mil habitantes.

Fui a Anguilla de catamarã, saindo de Saint Maarten, num passeio de um dia, acompanhado de um casal de amigos que fiz lá. Ele, italiano, ela, baiana, mais um grupo de mulheres norte-americanas. A viagem, de pouco mais de uma hora, é puro prazer: bebida e frutas incluídas, mar azul, vento e sol do Caribe. Chega-se a Blowing Point, em Anguilla e de lá toma-se uma van até a praia, passando por The Valley, a pequena capital da ilha.Fomos para Meads Bay, a praia onde passamos o dia, almoçamos, voltando ao entardecer.Há  bares e restaurantes na praia, onde se pode beber e petiscar, se ficar cansado de estar naquela água limpa, morna e calma desse paraíso em forma de enguia.

Do outro lado da ilha de Saint-Maarten está Saint-Barthelèmy, mais conhecida por ser point de ricos e milionários mais espetaculosos do que os frequentadores de Anguilla. Seus moradores a chamam de St.Barths e dizem que foi batizada por Colombo, em 1493.É a única ilha do caribe com um toque sueco em sua maneira de ser e a própria capital, Gustavia, único vilarejo e porto da ilha, é uma homenagem ao rei sueco. Gustavia situa-se num porto protegido de furacões, tem construções pequenas e charmosas como casas de boneca. É a ilha dos ricos e famosos, tem a maior quantidade de iates por metro quadrado do mundo e pode-se encontrar por lá Tom Cruise, Gisele Bündchen, Harrison Ford ou qualquer outro nome famoso do Jet set internacional, principalmente em fevereiro, quando a ilha ferve. St.Barths pertence aos franceses desde 1878, após mais de cem anos de domínio sueco. É uma das poucas ilhas do Caribe em que a maioria da população é de origem caucasiana, e não negra. Os que lá vivem são negros vindos do Haiti e da República Dominicana para trabalhar nas mansões dos milionários ou nos hotéis e restaurantes.

Saí de Philipsburg, capital de Saint-Maarten pela manhã, numa lancha rápida que faz o trajeto até St.Barths em cerca de uma hora. Só que o mar ali é muito agitado e essa lancha rápida é um desconforto para quem enjoa com o mar. Eu, que tenho estômago bem resistente, sofri bastante com as batidas da lancha cruzando as altas ondas. Imagine quem não tem. Ao chegar a Gustavia, deslumbrei-me com os iates ancorados no porto e o belo visual da ilha, com suas mansões elegantes e casas de estilo normando do porto, hoje servindo como restaurantes, pequenos hotéis ou casas de comercio. Logo vi a placa indicando a praia, mas, antes de me dirigir ao lado direito, seguindo a seta, caminhei um pouco para a esquerda e fui até a um pequena enseada, onde havia uma pequena escola de navegação para jovens aprendizes de marinheiro. Não resisti, pois o calor estava forte, dei um pequeno mergulho, tendo encontrado um enorme búzio que fotografei e deixei onde estava. Depois, retornei e fui em direção à praia das conchas indicada pela seta, atravessando a pequena cidade de Gustavia. Lá, nunca tinha visto uma praia com tantas conchas, na verdade, não tinha areia, só conchas, a maioria quebrada pelas ondas. Procurei um refúgio entre as rochas, pois o sol estava muito forte e não havia sombra e me banhei um pouco, mas a sede e a fome apertaram. Belas moças européias faziam top-less. Voltei para o centro e, na esquina, encontrei um bar repleto de turistas e de gente jovem. Acho que era o único lugar barato da ilha, pois a cerveja Heineken estava sendo vendida a 1 euro e sanduíches com batata frita a 5 ou 6. Fazia-se o pedido e esperava-se um pouco, pois o bar estava lotado; depois, seu número era chamado e você ia receber o pedido. Não havia garçom. Bebi 3 ou 4 cervejas, comi meu sanduíche de fritas e aí deu uma lombeira danada, mas onde dormir? Voltei à praia, encontrei um cantinho com sombra e lá fiz minha siesta tranquil

amente, sem me preocupar com nada. À tarde, fui para o centro e lá havia banheiros públicos com chuveiros; banhei-me, tirei a água de sal e ainda fui fazer algumas comprinhas no supermercado e nas lojas de lembrancinhas. Na volta, assisti a um dos mais belos pores de sol a que jamais tinha visto. Na verdade, posso escrever vários crônicas sobre pôr de sol, alguns inesquecíveis como o de Kuta Beach, em Bali, o de Jaisalmer, no deserto de Thar, o do Vale da Lua, no Deserto de Atacama ou esse de Gustavia, em St. Barths. A volta foi mais tranquilla, embora o ar condicionado da lancha estivesse muito frio, para quem tinha passado o dia todo na praia, mas voltei de St. Barths certo de que tinha conhecido um dos lugares mais bonitos e exclusivos do mundo.

 

Albânia: adeus ao passado comunista

Minha maior curiosidade por tudo que iria visitar, na viagem que fiz, pelo leste europeu, era a Albânia. Afinal, ela ficara fechada ao turismo por 45 anos. Quanto mais nos aproximávamos da fronteira Montenegro-Albânia, mais meus olhos percorriam os dois lados da pequena e sinuosa estrada que nos levava ao desconhecido. Saímos da pista bastante razoável do belíssimo litoral montenegrino, logo após a cidade de Bar, e nosso ônibus dobrou à esquerda, sem que percebêssemos qualquer sinalização indicando a Albânia. Começamos a subir por uma estrada cheia de curvas e que mal dava para um veículo. Quanto mais subíamos, mais estreita era a pista e, quando vinha outro veículo, era uma ginástica para passarem os dois. Felizmente, nosso motorista croata, o Marian, era experiente e muito calmo. A paisagem era bucólica e cenas pré-históricas nos mostravam bois arando como há dois mil anos, famílias inteiras cortando e armazenando feno, vacas com chocalhos no pescoço, cabritos e carneiros sendo pastoreados por mulheres que teciam em antigos teares. À medida que nos aproximávamos da fronteira, víamos dezenas de casamatas ou bunkers construídos no meio do nada. Disse-nos o guia, o simpático e competente croata Daniel, que existiam cerca de 700 mil deles construídos pelo ditador Enver Hodja, um paronoico que dominou a Albânia de 1944 a 1985 e a fechou para o mundo. Com isso, a Albânia, tão perto da Itália e da Grécia, se tornou um país pré-histórico, sem estradas para carros, já que só tinha cavalos e carroças. Com o fim do domínio comunista, em 1989, e a volta da democracia, em 1991, tudo mudou e os milhares de albaneses espalhados pelo mundo começaram a enviar dinheiro para reconstruir o país. Hoje, vivem uma febre consumista sem tamanho.

Entramos pela fronteira por Skhoda, uma cidade situada à margem do lago Escutari, uma região montanhosa, e tudo foi muito tranquilo. Nem visto nos foi exigido. Esperamos os passaportes trazidos pelo guia, num restaurante, tomando café e experimentando o bom conhaque local, já dentro da Albânia. Daí até chegarmos a Tirana, a capital,foram umas três horas de viagem, passando por cidades habitadas por ciganos, outras com fortalezas construídas desde os tempos dos ilírios, indústrias abandonadas do período comunista e, mais perto da capital, as pequenas estradas carroçáveis estão sendo reconstruídas para dar passagem às possantes Mercedes que invadem o país. A Albânia é um país de grandes contrastes e as carroças estão sendo substituídas por Mercedes de última geração enviadas por albaneses que trabalham no exterior. O pior é que os atuais motoristas são os ex-carroceiros, que desconhecem qualquer lei de trânsito. É um salve-se quem puder! Nos últimos 20 anos, o país entrou num capitalismo selvagem da pior espécie possível e o capital internacional é bem-vindo de todas as formas. Por todo lado, abrem-se postos de combustível e lava a jato, para atender à febre automobilística que dominou o país.

Albanês não usa mais a sainha plissada, à moda grega, nem o fez, o chapeuzinho à moda turca. Agora, todos querem roupa de grife e, não podendo usar a original, usam as falsificadas pela Camorra, a máfia italiana, de que são os principais operários. A juventude é igual à do mundo todo, fala inglês, come fast-food, ouve e dança Lady Gaga. O país de origem de Madre Teresa de Calcutá, pois, embora tenha nascido em Skopje, na Macedônia, era albanesa, e autoproclamado o primeiro país ateu do mundo, na época do comunismo, dá adeus à pobreza e à miséria do passado, assumiu o materialismo consumista dos tempos hipermodernos, sem ter passado pelo moderno, e quer lavar toda a poeira do passado,  nas dezenas de lava a jato, a desperdiçar água, como os que vimos em todo o país até  a fronteira com a Macedônia.

Ilha da Páscoa, a ilha do fim do mundo

Hoje, 05 de junho, dia mundial do Meio Ambiente, é o momento certo para refletirmos sobre o que estamos fazendo com a nossa casa, o belo e maltratado planeta Terra. É hora de começarmos a agir como o beija-flor da fábula, que tenta apagar o incêndio da floresta: é preciso que cada um faça a sua parte, por menor que seja, se já não for tarde demais para salvar o planeta.

Há vários casos, mundo afora, da morte de uma cultura, da extinção de um povo, por desastre ambiental. Agora, no entanto, corremos o risco da destruição total da raça humana e de todas as espécies do planeta Terra. Será que o conhecimento de algum dos erros do passado não servirá para nos propiciar alguma aprendizagem? Dentre os casos mais conhecidos de fim de uma cultura e de quase extermínio de um povo por destruição ecológica, conta-se o da Ilha da Páscoa, a mais isolada ilha habitada do mundo. Situa-se a 3.760km a oeste do Chile, o país a que pertence desde 1888. Tem 163 quilômetros quadrados e seus antigos habitantes a chamavam de Te Pito o Te Heuna, “umbigo do mundo”, embora seja mais conhecida, sobretudo após o filme de Kevin Coastner, de Rapa Nui, “ilha grande”, expressão usada para designar a população e a língua dos pascoenses.

A Ilha da Páscoa ficou mundialmente conhecida por seus “moais” -nome dado às grandes estátuas feitas com pedra vulcânica, algumas com mais de dez metros de altura- espalhados por toda a ilha. Existem cerca de mil, alguns em pé, outros caídos e muitos abandonados no local onde eram construídos. O que significavam essas estátuas para uma cultura que prosperou há mais de mil anos e estava em quase completa extinção quando foi contatada pelos ocidentais no século XVIII? Não se sabe, precisamente. O que é certo é que a ilha foi colonizada por navegantes polinésios desde 300 d.C. Era fértil e coberta de uma madeira chamada “toromino”, de tronco avermelhado, como o nosso pau-brasil. Assim como este, foi explorada até sua total extinção. Praticantes de queimadas, como os nativos brasileiros, os pascoenses destruíram a vegetação original da il

ha, suas florestas de palmeiras e de coníferas, além da vegetação rasteira. A ilha tornou-se árida, inóspita, sem água potável e sem vida.

Hoje, a Ilha da Páscoa sobrevive do turismo, das lendas, do misticismo de sua cultura original, de suas tabuletas ainda não decifradas, de seus moais contemplando o mar à espera de deuses que virão, quando e de onde? Só Deus sabe. Muitos viajantes aventureiros, como eu, vão a essa ilha do fim do mundo, em busca dos seus mistérios, de suas histórias, para aprendê-las e contá-las. Talvez elas nos sirvam para ensinar algo: a cuidar melhor do nosso planeta, a Mãe Terra, enquanto houver água e vida.