Las Palmas da Grã-Canária, pérola do Atlântico

Depois de dois anos e meio afastados de cruzeiros, eis-nos de volta a eles, para uma travessia do Atlântico, do Rio de Janeiro a Genova, na Itália, caminho inverso ao feito por nossos avós, há 130 anos. Inicialmente, estavam previstas paradas em Santa Cruz de La Palma, Las Palmas de Grã Canária e Santa Cruz de Tenerife, mas, após uma semana de céu e mar e a visita de alguns golfinhos, recebemos comunicado do comandante de que o roteiro tinha sido alterado, por “necessidade operacional”, ou seja, “falta de combustível”.  Inimaginável uma situação desta, visto que o navio ficou dois meses parado. Houve um começo de revolta entre os passageiros, alguma compensação foi oferecida, mas nos sentimos lesados, visto que o principal objetivo ao ter escolhido este cruzeiro foi visitar La Laguna, em Tenerife, e a Casa onde nasceu o Pe. José de Anchieta, hoje, Santo. Ele é considerado o “Apóstolo do Brasil”, fundou São Paulo e foi enterrado em Reritiba, atual Anchieta, no Espírito Santo, meu estado natal. Por sinal, a única excursão que havia comprado era a pra visitar Laguna e o museu antropológico. Anchieta foi o iniciador da literatura em terras brasílicas, com suas poesias à Virgem e seu teatro de catequese. Fiquei, literalmente, sem chão, frustrado e inconformado. O comandante ofereceu 500 tíquetes de ferry-boat a quem quisesse ir a Tenerife, mas não consegui pegar e, mesmo se o conseguisse, talvez não pudesse ir a Laguna, pelo, pouco tempo destinado a essa aventura.

   Las Palmas é uma grande cidade, a maior do arquipélago das Canárias, com seus 600 mil habitantes e um dos centros do turismo europeu. Pessoas da Escandinávia a procuram o ano todo, fugindo dom frio e das terras geladas do norte europeu. Las Palmas tem um clima médio de 22oC, tido como o melhor do mundo, uma eterna primavera, nem muito quente, nem frio. Quando chegamos, estava 18oC, uma delícia para caminhar pelas ruas antigas da velha cidade. Saímos para um passeio noturno pela cidade e nos admiramos com o clima ameno, a tranquilidade de suas ruas e praças, a total ausência de insegurança que nos domina no Brasil. O clima gostoso nos convidava a tomar um vinho e comermos tapas espanhóis, ou canarinos, na secular Praça de Sant’Ana, em frente à vetusta catedral de mais de 500 anos, curtindo o prazer de estar em terra, após tantos dias de mar, o clima agradável, a companhia de amigos recém-conquistados. No dia seguinte, fizemos compras, visitamos a majestosa catedral, cuja construção se iniciou em 1.500, imponente em seu estilo gótico-neoclássico, o museu diocesano com suas relíquias eclesiásticas e o claustro com pés de mamão e palmas que dão nome à cidade. Caminhamos mais um pouco pelas ruas centenárias, visitamos a Casa de Colombo, mas nos faltou tempo para visitar a Casa-museu de Perez Galdós, o escritor mais famoso da ilha e ídolo local. Há de se destacar a simpatia dos nativos com os turistas, os bons preços de perfumes e produtos importados, visto que os impostos ali são de apenas 7% e a vontade de voltar, um dia, para curtir suas praias, museus, montanhas, parques. Visita em navio sempre termina assim: fica-se com gostinho de quero voltar. E Las Palmas, com certeza, é destino certo para se retornar, um dia.

Depois de dois anos e meio afastados de cruzeiros, eis-nos de volta a eles, para uma travessia do Atlântico, do Rio de Janeiro a Genova, na Itália, caminho inverso ao feito por nossos avós, há 130 anos. Inicialmente, estavam previstas paradas em Santa Cruz de La Palma, Las Palmas de Grã Canária e Santa Cruz de Tenerife, mas, após uma semana de céu e mar e a visita de alguns golfinhos, recebemos comunicado do comandante de que o roteiro tinha sido alterado, por “necessidade operacional”, ou seja, “falta de combustível”.  Inimaginável uma situação desta, visto que o navio ficou dois meses parado. Houve um começo de revolta entre os passageiros, alguma compensação foi oferecida, mas nos sentimos lesados, visto que o principal objetivo ao ter escolhido este cruzeiro foi visitar La Laguna, em Tenerife, e a Casa onde nasceu o Pe. José de Anchieta, hoje, Santo. Ele é considerado o “Apóstolo do Brasil”, fundou São Paulo e foi enterrado em Reritiba, atual Anchieta, no Espírito Santo, meu estado natal. Por sinal, a única excursão que havia comprado era a pra visitar Laguna e o museu antropológico. Anchieta foi o iniciador da literatura em terras brasílicas, com suas poesias à Virgem e seu teatro de catequese. Fiquei, literalmente, sem chão, frustrado e inconformado. O comandante ofereceu 500 tíquetes de ferry-boat a quem quisesse ir a Tenerife, mas não consegui pegar e, mesmo se o conseguisse, talvez não pudesse ir a Laguna, pelo, pouco tempo destinado a essa aventura.

   Las Palmas é uma grande cidade, a maior do arquipélago das Canárias, com seus 600 mil habitantes e um dos centros do turismo europeu. Pessoas da Escandinávia a procuram o ano todo, fugindo dom frio e das terras geladas do norte europeu. Las Palmas tem um clima médio de 22oC, tido como o melhor do mundo, uma eterna primavera, nem muito quente, nem frio. Quando chegamos, estava 18oC, uma delícia para caminhar pelas ruas antigas da velha cidade. Saímos para um passeio noturno pela cidade e nos admiramos com o clima ameno, a tranquilidade de suas ruas e praças, a total ausência de insegurança que nos domina no Brasil. O clima gostoso nos convidava a tomar um vinho e comermos tapas espanhóis, ou canarinos, na secular Praça de Sant’Ana, em frente à vetusta catedral de mais de 500 anos, curtindo o prazer de estar em terra, após tantos dias de mar, o clima agradável, a companhia de amigos recém-conquistados. No dia seguinte, fizemos compras, visitamos a majestosa catedral, cuja construção se iniciou em 1.500, imponente em seu estilo gótico-neoclássico, o museu diocesano com suas relíquias eclesiásticas e o claustro com pés de mamão e palmas que dão nome à cidade. Caminhamos mais um pouco pelas ruas centenárias, visitamos a Casa de Colombo, mas nos faltou tempo para visitar a Casa-museu de Perez Galdós, o escritor mais famoso da ilha e ídolo local. Há de se destacar a simpatia dos nativos com os turistas, os bons preços de perfumes e produtos importados, visto que os impostos ali são de apenas 7% e a vontade de voltar, um dia, para curtir suas praias, museus, montanhas, parques. Visita em navio sempre termina assim: fica-se com gostinho de quero voltar. E Las Palmas, com certeza, é destino certo para se retornar, um dia.