Colombo, no Sri Lanka
Sri Lanka, a ilha em forma de pérola, ao sul da Índia, o antigo Ceilão, é, novamente, um dos lugares turísticos da moda. Turistas do mundo todo ali vão em busca de suas praias, de suas belezas naturais, de sua história, de sua diversidade cultural. É um país tranquilo, sem violência, pacificado agora após uma guerra interminável entre tamis e hindus. Visitei Colombo, sua maior cidade, mas que não é a única capital política do país. Essa é dividida com Sri Jayawardenapura-Kotte, cidade geminada a Colombo, sem qualquer atrativo para turistas, mas que abriga a sede do poder legislativo, o congresso nacional, desde 1977. Os portugueses é que deram esse nome à cidade em homenagem ao descobridor das Américas e foram eles que exploraram a cultura da canela ali por mais de cem anos. É o principal centro financeiro, econômico e cultural do país. É uma cidade histórica e portuária, e está localizada na costa oeste da ilha. Colombo é também a capital administrativa da Província Ocidental e distrito de Colombo. É muitas vezes referida como a capital, haja vista que Sri-Jayawardenapura Kotte é uma cidade da região metropolitana de Colombo. Colombo é um lugar movimentado, com uma mistura de vida moderna, edifícios coloniais e ruínas. Tem uma população de cerca de 750 mil habitantes e mais de dois milhões na área metropolitana. Colombo foi uma possessão portuguesa entre 1518 e 1524 e entre 1554 e1656. Os portugueses estabeleceram um Forte na cidade, usando-o contra invasores, conforme havia sido firmado com o rei Parakramabahu VIII. Após os portugueses, passou a ser dominada pelos holandeses, que intensificaram algumas políticas coloniais na cidade. A partir do fim do século XVIII, sofreu domínio britânico, que influenciou grandemente na arquitetura da cidade, até o país obter independência deste de forma pacífica, em 1947. Os ingleses ensinaram-lhes o cultivo do chá, divulgando-o no mundo todo. Hoje, o Sri Lanka é, também, um grande produtor de roupas e de produtos eletrônicos, visto que grandes marcas instalaram ali suas fábricas, tendo em vista a mão de obra barata. A moeda do país é muito desvalorizada, um dólar vale cerca de 150 rúpias cingalesas, o que faz do país um local barato para visitar, sobretudo os viajantes mais alternativos, surfistas, iogues e revendedores de roupas. Em Colombo, visitei o templo budista mais famoso do país, o Gangaramaya, o templo hindu Sri Kailawasanathar Swami Devasthanam Knil (que nome!), as igrejas católicas de Santo Antônio e Santa Luzia, o Palácio Presidencial, a estação de trem e vi uma praia com alguns banhistas, mas que não me deu vontade de parar, embora fizesse um calor cingalês. No Sri Lanka, convivem harmoniosamente budistas, cristãos e hindus.
Ao entardecer, vi um belo pôr do sol na laguna ao lado do aeroporto ligado a Colombo por uma moderna autopista e fiquei com vontade de voltar e conhecer o interior desse país tão lendário.